Transformação e inovação no trabalho pericial

Uma grande mudança ocorrida no Poder Judiciário nos últimos tempos foi a criação de processos eletrônicos e a própria digitalização dos processos mais antigos.

Diversas pessoas e profissionais se envolveram nesta etapa, e naturalmente penso que não se pode negar que houve um grande avanço, trazendo agilidade e permitindo a redução de deslocamentos, tanto de pessoas quanto dos próprios processos. Consequentemente, a possibilidade de melhor aproveitamento do tempo e a redução de custos, mas é claro, reduzindo também as interações humanas em boa parte das etapas.

Tenho como verdade que este foi um grande passo na evolução e transformação dos Tribunais, sem ignorar que provocou a mudança de rotina de todos envolvidos, e permitiu que o Judiciário pudesse ser considerado atual e adepto às tecnologias do século XXI.

Creio seja possível considerar que foi um processo de inovação bem-sucedido, quebrou paradigmas e imagina-se que não deixou de lado alguns desconfortos ou inseguranças de muitos, principalmente em relação a segurança da tecnologia em si.

E sempre que uma inovação ou evolução ocorre, mudamos de estágio e naturalmente outras inovações, novidades ou melhorias começam a pedir passagem.

Nos últimos anos, muito tem se comentado e livros foram lançados sobre os temas de Legal Design e Visual Law. O Visual Law é uma parte do tema Legal Design, uma subárea do design da informação, segundo destaca Alexandre Zavaglia Coelho em sua obra Legal Design e Visual Law no Poder Público.

E neste ponto eu tomo a liberdade de trazer para reflexão, o quanto o Legal Design e o Visual Law evoluirão não somente com os olhos voltados para o Direito e para a sociedade, buscando trazer informações mais claras, sucintas e objetivas, mas também voltado para todos os profissionais que se relacionam com advogados(as), profissionais do Direito e os Peritos(as).

Neste sentido, os Laudos e Pareceres desenvolvidos pelos profissionais da perícia, tem como desafio se atualizarem sobre os temas e, considerarem todo esse novo conhecimento na confecção e elaboração de seus trabalhos.

Precisam se alinhar com as petições dos advogados, com os interesses dos juízes e juízas, e trazer também mais clareza e otimização do tempo desses profissionais.

Naturalmente não se deve apenas pensar na forma visual de expor as coisas, no design em si, e sim prioritariamente desenvolver uma mentalidade adequada de se comunicar de forma mais eficaz.

Se até então a utilização de gráficos, infográficos, timelines ou outras formas tão difundidas pela internet, estavam restritas à imprensa e até dentro do ambiente educacional e empresarial, agora é importante  aproveitar tudo isso, e talvez, quebrar mais alguns paradigmas ainda existentes.

Não adianta, no entanto, utilizar vários elementos gráficos em qualquer trabalho se ele não contribuir na direção de esclarecer ou trazer uma solução ao problema específico que se deseja.

Lendo e estudando atualmente um pouco mais sobre o tema, insisto que não podemos imaginar que se utilizar de informações gráficas sejam suficientes para evoluir os trabalhos

Sobre Luis Fernando Freitas

Sócio da Ribas Secco com foco na Avaliação de Empresas
 
Tem mais de 23 anos de experiência empreendedora na criação e desenvolvimento de negócios e atua também na prática de treinamentos corporativos técnicos e comportamentais para empresários e empresas de diversos setores da economia brasileira.

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