Ao final de todo ciclo financeiro, o que geralmente engloba um ano de dados, podendo ser de janeiro a dezembro ou um período após uma data estipulada pelo departamento responsável, a empresa deve fazer uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ou seja, uma análise detalhada de como foi o período em termos contábeis.
O DRE é um demonstrativo elaborado com o objetivo de demonstrar o lucro da empresa em um período.
Os resultados obtidos no período anterior ou uma previsão de dados para o seguinte, não entram nos cálculos atuais, contudo uma comparação entre os períodos anteriores e atual são necessário para identificar a evolução da empresa.
Realizar os cálculos deste demonstrativo não é uma tarefa complicada, mas pode ser trabalhosa dependendo do volume e do tamanho da sua empresa.
Além de apurar o lucro do exercício, o DRE auxilia em outras análises muito importantes para a saúde financeira de uma empresa: é possível analisar se o regime tributário é adequado ao processo contábil ou se a corporação arca com um pesado sistema de imposto e é preciso mudar.
A simples comparação de períodos pode evidenciar como foi o desempenho de um período atual ou a evolução.
Com base nisso, o cálculo do ponto de equilíbrio, o quanto a empresa tem de gerar em vendas para ter lucro zero, cobrindo todos os gastos, será mais real e poderá nortear as necessidades para uma empresa não ter prejuízo.
Durante todo o processo de análise financeira, alguns indicadores podem te auxiliar na avaliação de processos e a tomarem decisões seguras, antecipando até futuros acontecimentos.
Vamos a alguns indicadores financeiros que precisam conter em uma análise DRE:
1 – Lucratividade
Basicamente, os cálculos são simples. Divide-se o lucro pelo faturamento e multiplica-se o resultado por 100. A porcentagem alcançada mostra se empresa é sustentável de fato. Ao encontrar números negativos, existe um problema que precisa ser contornado.
2 – Ponto de Equilíbrio
Identificar o número de vendas que faz o negócio zerar a conta entre gastos e ganhos, mostra a partir de que ponto a empresa começa a dar lucro. Essa análise é bem interessante quando feita mês a mês e ajuda a ver quanto do período ou esforços precisam ser alocados para gerar lucro. Quanto mais dias do mês é preciso para alcançar o ponto de equilíbrio, menos lucro a empresa terá.
3 – Margem de Contribuição
Com recortes menores de tempo é possível ver o quanto aquele período contribui para ratear os custos fixos. Tirando a quantidade de vendas e faturamento e descontando as despesas variáveis, tributos e gastos relativos ao faturamento, chega-se ao número de margem de contribuição. Acompanhando mês a mês, por exemplo, é possível ver os meses do ano que com a margem de contribuição mais baixa (ou até negativa) será preciso buscar alternativas para se manter equilibrado.
4 – Retorno sobre Patrimônio Líquido
Aqui é possível ver o quanto os investimentos dos sócios gera lucro. Para realizar este cálculo, basta dividir o resultado líquido pelo patrimônio líquido, que consta no balanço patrimonial.
5 – Ticket Médio
Aqui analisa-se o quanto cada cliente ou cada produto representa dentro do faturamento. Esse dado é de suma importância para identificar se o valor médio de cobrança do que a empresa entrega é o suficiente para equilibrar as contas com a quantidade média vendida, ou se é preciso um esforço em aumento de vendas ou alterar o valor de seu produto ou serviço.
Dentro de uma análise financeira é possível identificar muitos rumos e corrigi-los a tempo quando algo não sai como o esperado. Por isso, é muito importante ter um estudo detalhado e com pessoas competentes para auxiliar a empresa. Em um mundo corporativo tão competitivo, quem não se preocupar com isso, já larga atrás.
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