6 motivos que justificam a venda de boas empresas

2 anos atrás

Existem empresas que possuem uma boa gestão, com bons lucros e mesmo assim são vendidas (ou compradas, se preferir).

No artigo anterior, eu tratei de alguns motivos que se deixados de lado pelos gestores e donos de empresas, podem praticamente exigir que o negócio seja vendido.

Hoje, quero trazer uma outra visão, ou seja, as empresas que proporcionam bons lucros, e mesmo assim são vendidas/compradas.

Veja 6 bons motivos para isso:

Redimensionamento estratégico em um grupo econômico onde uma empresa específica não oferece sinergia ou não possui características dentro das condições do plano estratégico

Cada vez mais, grupos estão focados em seus negócios principais. Empresas que não apresentam sinergias ou que de alguma forma não estejam alinhadas estrategicamente com o planejamento do grupo, mesmo que lucrativas e bem geridas, tendem a serem vendidas.

E por serem lucrativas e bem geridas, existe a tendência de atraírem interessados que possam aproveitar a oportunidade e assim crescerem.

Empresa pequena com custo de gestão muito alto para um grupo econômico

Pode até soar estranho para você, mas muitas vezes o resultado gerado por uma empresa não é interessante para o grupo como um todo, chegando a ser irrelevante, e consumindo muita energia da gestão para mantê-la funcionando.

Em situações assim, é natural que resolva se desfazer do negócio e ganhar recursos para gerir outras partes mais lucrativas do grupo.

Erro na aquisição da empresa desde o início

Não podemos deixar de considerar que apostas são realizadas no mundo dos negócios e algumas não se mostram interessantes, mesmo que produzam lucros, levando o negócio a ser vendido por não ter atendido a expectativa que havia sido criada.

Custo fiscal muito elevado

O aumento de tributos e/ou taxações podem também fazer mudar o interesse e perspectivas futuras de um negócio, favorecendo a venda.

Regulamentação governamental inconveniente

Em especial no Brasil, mudanças regulatórias podem provocar o desinteresse em continuar no negócio, seja por se perceber mais riscos ou mesmo simplesmente pela falta de interesse naquele segmento que pode ter se tornando muito burocrático.

Perigo de estatização ou o Governo ser o único cliente

Alguns negócios se relacionam com a esfera pública e, dependendo do cenário econômico e político, o interesse na manutenção do negócio é reduzido. Naturalmente, o plano governamental também pode indicar e trazer outros riscos para os negócios provocando o desinteresse em continuar a atuar.

Antes de concluir, vou ainda trazer mais uma visão.

Existem exemplos de empresas da nova economia que foram vendidas no momento que pareciam estar no auge de seu crescimento, tais como o Youtube (comprado pelo Google em 2006 por US$ 1,65 bilhão), o WhatsApp (comprado em 2014 pelo Facebook por US$ 16 bilhões), o próprio Instagram (comprado em 2012 pelo Facebook por US$ 1 bilhão), que fazem parecer hoje uma verdadeira pechincha o valor que foi pago na época por essas empresas.

Casos como esses, nos dias de hoje, nos mostram a dinâmica mundial da compra e venda de empresas, e trazem ainda inúmeras outras possibilidades para explorarmos o tema, um assunto atual e com inúmeras variáveis.

De certeza mesmo, podemos destacar a importância de uma boa gestão, profissionais qualificados e de destaque no mercado, e o constante questionamento sobre os paradigmas que inevitavelmente formamos ao longo do tempo.

Conclusão

Se você pensa em vender sua empresa ou que ela possa ser comprada, a pergunta final que fica é: quanto vale a sua empresa?

Se precisar de ajuda, conte conosco nesta avaliação, seja ela para medir o desempenho do negócio ou realizar alguma transação. Somos especialistas em Valuation.

No próximo post, vou trazer ainda a visão de algumas empresas familiares que são vendidas.

Até lá.

Luis Fernando Freitas

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Sobre Luis Fernando Freitas

Sócio da Ribas Secco com foco na Avaliação de Empresas

Tem mais de 23 anos de experiência empreendedora na criação e desenvolvimento de negócios e atua também na prática de treinamentos corporativos técnicos e comportamentais para empresários e empresas de diversos setores da economia brasileira.